Beirando a incrível marca de 40 anos de carreira, a dupla Chitãozinho & Xororó já está preparada para o lançamento de seu 31° disco. "Se For Para Ser Feliz" (Universal Music) tem previsão de lançamento para o mês de dezembro e promete renovar o estilo sertanejo. A prova disso é a participação especial do guitarrista Andreas Kisser (Sepultura), tocando numa das faixas do álbum. Em entrevista exclusiva ao Sucesso e-mailing, a dupla adianta mais novidades sobre o novo álbum e revela também os projetos para 2010. (Por Gustavo Godinho)
SUCESSO e-mailing - Vocês já estão com quase quarenta anos de carreira e acompanharam de perto toda a evolução da música sertaneja. Desde o preconceito sofrido, em meados dos anos 70, até a ascensão e popularização dos dias atuais. Na opinião de vocês qual foi o principal fator dessa virada de mesa do estilo?Xororó - Bem, do período que a gente começou, até os dias de hoje, muita coisa mudou. Na década de 70, cantar música sertaneja era muito difícil, porque as portas eram fechadas para o nosso segmento. Mas mesmo assim a gente acreditava no estilo e com muita persistência, fomos nos apresentando e popularizando o estilo, quebrando a barreira do preconceito. Isso durou até 1978, quando finalmente estouramos para todo o Brasil com a canção "Sessenta Dias Apaixonado". Depois, em 1981 lançamos o disco "Amante Amada" que foi um grande sucesso. E, em 1982, quando gravamos "Fio De Cabelo", as coisas mudaram completamente e o sucesso dessa canção nos consolidou como artistas. De lá pra cá, eu não vejo uma mudança tão grande, porque desde aquele tempo, na frente do nosso palco, já estavam os estudantes universitários. De lá pra cá, o que mudou foram as influências e os ritmos, porém o sertanejo foi, é e continuará sendo o estilo musical preferido dos brasileiros.
Chitãozinho - Sem dúvida, Victor & Leo é o que tem de melhor no sertanejo, atualmente. Eles estão trazendo novidades e novas influências para o segmento.
Xororó - A gente se aproximou do Fresno devido a um trabalho feito pela MTV, onde nós tocávamos com ele. Isso foi maravilhoso, tanto que desencadeou uma série de shows com participações especiais deles. Para esse novo álbum que lançaremos em dezembro, a gente regravou "Duas Lágrimas", que integra originalmente o disco "O Rio, A Cidade e a Árvore", do Fresno. Além disso, em 2010, faremos um grande evento para comemorar 40 anos de carreira. Já temos essa parceria acertada e eles irão cantar com a gente para comemorar a data.
SUCESSO e-mailing - Vocês realizam shows com a banda de rock Fresno. Há a possibilidade da banda participar do próximo disco de vocês?
Xororó - A gente se aproximou do Fresno devido a um trabalho feito pela MTV, onde nós tocávamos com ele. Isso foi maravilhoso, tanto que desencadeou uma série de shows com participações especiais deles. Para esse novo álbum que lançaremos em dezembro, a gente regravou "Duas Lágrimas", que integra originalmente o disco "O Rio, A Cidade e a Árvore", do Fresno. Além disso, em 2010, faremos um grande evento para comemorar 40 anos de carreira. Já temos essa parceria acertada e eles irão cantar com a gente para comemorar a data.
SUCESSO e-mailing - O que mais vocês podem adiantar do novo disco?
Chitãozinho - Foi gravado em estúdio e é um disco de canções inéditas, com excessão de "Duas Lágrimas " e "Planeta Azul", uma releitura que colocamos como última faixa, com novo arranjo. E o disco vem com boas novidades. É um trabalho bem romântico, que virá intitulado de "Se For Pra Ser Feliz" e o primeiro single que é homônimo ao disco, traz uma linda mensagem de paz. Tem ainda duas outras canções que chamarão atenção. Uma tem um maravilhoso solo de guitarra gravado por Andreas Kisser, do Sepultura. A outra faixa tem a participação do Juninho (Junior Lima, filho de Xororó) tocando bateria. Além disso, as doze canções que farão parte de "Se For Pra Ser Feliz" estão diferentes de tudo aquilo que já fizemos.
Nota do editor: a entrevista da dupla foi concedida ao repórter Gustavo Godinho no camarim dos artistas, durante a realização do Caldas Country Fest 2009, na cidade goiana de Caldas Novas, no último dia 31 de outubro. Daí a razão do som ambiente. Vale, no entanto, como registro jornalístico, caso os radialistas queirem utilizar o áudo em suas emissoras.
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