Victor e Leo "Não somos sertanejos"

Eles já se apresentaram em quase todas as capitais brasileiras, faltando apenas a cidade de Macapá, do pequeno estado do Amapá no norte do país, e acreditam fazer shows únicos e diferentes um do outro, afirmando que "cada hora tem que ser respeitada como única". E assim promete ser a gravação do segundo DVD dos cantores Victor e Leo, que completam em 2009, 17 anos de carreira. Nesta quarta e quinta-feira, 23 e 24 de setembro, a dupla estará no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, para a apresentação de dois shows exclusivos que prometem surpresas. Os únicos detalhes revelados durante a coletiva de imprensa, que ocorreu nesta terça-feira, 22, é que o público estará pertinho dos artistas: uma grande passarela foi montada em frente ao palco para que eles possam passear durante as apresentações, e que contará com a cantora Alcione como convidada especial.

A escolha de São Paulo para a gravação do DVD, passa pela história dos dois irmãos do interior de Minas Gerais. "Tocamos por sete anos na noite da capital. E aqui em São Paulo a energia é fantástica, o público absorve bem nossas músicas. Uma noite seria pouco pra gente e para os fãs", revela Victor, o compositor da dupla.

Mesmo tocando em vários estados, em uma carreira que os dois revelam ter crescido "de forma natural", com a propaganda de boca em boca dos fãs e a ajuda dos radialistas, a projeção nacional apareceu mesmo depois da participação da dupla, em 2008, na trilha sonora da novela A Favorita, da Rede Globo, com a música Tem que Ser Você, e logo em seguida, com duas outras canções no folhetim da seis, Paraíso, com Nada Normal e Deus e Eu no Sertão.

Na boca do povo, eles não se sentem no topo. "Não me sinto um fenômeno, eu toco, volto pra casa, tomo a benção da minha mãe e vou dormir de pijama", revela Victor. E mesmo taxados como uma dupla sertaneja universitária, os dois rebatem: "Não gostamos de rótulos, temos um estilo próprio. Respeitamos o sertanejo universitário. Mas o que fazemos é uma música diferenciada. Crescemos escutando de tudo, desde Almir Sater, Renato Teixeira, Neil Young, até rock, blues, R&B... Estamos continuamente buscando por uma identidade, uma originalidade musical. Tem gente até que nos classifica como folk brasileiro. Mas eu resumo: não importa, Victor e Leo é feito com amor", afirma Leo.

"Somos taxados como música sertaneja a todo o momento. É claro que vamos falar do sertão, nascemos e fomos criados no sertão, mas nem por isso, nossa música é sertaneja", rebate Victor, que completa: "A cada trabalho queremos oferecer algo melhor, mais criativo. O sucesso é o resultado de tudo que a gente aprendeu".